Opinião é que nem bunda. Todo
mundo tem uma. Algumas são mais bonitas que outras, mais atraentes e nos
identificamos mais. Exatamente como este texto que estou escrevendo neste exato
momento. Se você não gostou da introdução, provavelmente não vai ler o que
vem a seguir.
Mas se você chegou até aqui,
possivelmente não vá se arrepender do que leu. Ou pode se irritar, perder o
interesse ou ser persistente e ir até o fim e, quem sabe, ter uma bela
surpresa. Pois bem, o jornalismo, o mundo, as pessoas e as formas de interação e
comunicação entre elas mudaram. E muito. Está na hora de acordar para esta dura
realidade que já estamos vivenciando.
Hoje, a informação está em todos
os lugares. Nos meios tradicionais, tais quais jornais, revistas, televisão,
rádio e também nos alternativos, como blogs, sites, redes sociais, etc. O que
você vai consumir, e muitas vezes acreditar, é única e exclusivamente problema
seu. Pois é. Porque eu digo acreditar? É amiguinhos, a imprensa mente. Não só
mente como mascara, distorce, manipula e faz o possível e o impossível para
manter aquilo que a faz continuar "viva". Se você pensou em dinheiro,
você está absolutamente certo.
As empresas de comunicação do
Brasil, grandes produtores de conteúdo, são regidas pelos mesmos caras que
enganam o povo e todo ser vivo que habita nosso país há décadas. Nossos
empresários e políticos. Isso mesmo. Estes caras, que pagam grandes somas em
dinheiro para ter veiculado um anúncio de suas empresas, mantendo sua reputação
intacta.
É muito difícil externar uma
opinião. Alguns concordam, outros não. Principalmente, quando trata-se de
encarar o fato de que somos todos otários. Eu, você, seu vizinho, sua esposa
e, futuramente, seus filhos. Você que acorda de manhã, paga seus impostos, vive
sua vidinha achando que está fazendo um bem para a humanidade, infelizmente,
está enganado.
Sabe por quê? Estes caras que nos
enganam, podem até sair do poder, ser presos por corrupção, ou se aposentar
recebendo uma polpuda mesada, mamando nos cofres públicos durante toda a
eternidade. Aqui, me permito uma pausa para rir ainda mais, do quanto somos
todos otários. Eles nunca serão punidos. Somente nós, com aumento de impostos,
parcelamento de salários, jornadas de trabalho absurdas e sabe-se lá mais o
que. Se opinião é que nem bunda, eles vão meter ainda mais nas nossas.
Acredite. Eles não tem limites. Não é fazendo panelaço, que vamos resolver este
problema.
O problema é consumir mentiras. É
acreditar em tudo que é compartilhado em redes sociais. Alguns de vocês não
sabem. Mas para ser "jornalista" hoje no Brasil não é necessário
diploma. E acreditem, jornalista com diploma não se cala. Jornalista sem
diploma, é manipulado pelos interesses do veículo onde trabalha. OK. Alguns com
diploma também e alguns sem diploma são ótimos comunicadores, não jornalistas.
As demissões em massa de
jornalistas, visam única e exclusivamente cegar a sociedade sobre o que está
acontecendo bem debaixo do nosso nariz. Claro que existem profissionais sérios,
competentes. Como tudo na vida, não podemos generalizar.
Não existe uma fórmula mágica
para mudar este quadro a curto prazo. A ação para acabar com a corrupção vem de
cada um de nós. Começando pelo exemplo. Não podemos cobrar, sem dar exemplo.
Pensem em seus filhos, que inevitavelmente serão os herdeiros do futuro. E este
futuro, tem que começar agora. O famoso "jeitinho brasileiro" é o
grande problema. Queremos e vamos levar vantagem em tudo. O sinal está
amarelo. Só acelerei um pouco, não tem problema. Vou furar a fila, pois não me
viram. Não tem problema. Aceitei o troco errado. Não tem problema. Pois é. Aqui
meus amigos, o problema somos nós e os exemplos que passamos aos próximos
líderes deste enorme país que se chama Brasil. É este futuro que queremos? A
mudança começa em nós mesmos.
Outra preciosa dica, é pensar bem
no que você realmente acredita. Qual formador de opinião ou qual veículo de
comunicação está sendo imparcial, respeitando os princípios da democracia? Pois
bem, é nestes que temos que nos espelhar. Se não tiver nenhum, é uma outra
história. De qualquer modo, não preciso trabalhar (ser escravo) em algum veículo de comunicação de massa para que esta informação chegasse até vocês,
não é mesmo?
Também é muito importante que a
gente se dê conta para o seguinte. Vejam bem, a parte mais importante deste
texto. Panela não é urna de votação. É nesta urna que faremos uma escolha pelo
menos sensata para o futuro. Não tem um bom candidato? Anula o voto. Vota em branco. Pois não
importa quais serão as letras do partido político que vai governar. Importa é acordar.
E pra ontem.
Abaixo, deixo o juramento que eu
fiz em janeiro de 2007, na minha formatura na Unisinos, em São Leopoldo. Deem
uma lida. Acredito que dá uma bela reflexão sobre em quem se pode realmente
confiar. Esta é a minha opinião. Qual é a sua?
JURAMENTO JORNALISMO
Juro exercer a função de
jornalista, assumindo o compromisso com a verdade e a informação.
Atuarei dentro dos princípios
universais de justiça e democracia, garantindo principalmente o direito do
cidadão à informação.
Buscarei o aprimoramento das
relações humanas e sociais, através da crítica e análise da sociedade, visando
um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros.
Assim eu Juro.